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Este vocabulário foi elaborado para atender alunos e professores que vejam nesse tipo de material uma boa opção didática para auxílio do ensino e aprendizagem de conceitos da Análise do Comportamento. A lista dispõe de 335 verbetes, com definições simples e objetivas de uma larga variedade de conceitos usados na área. Essa lista pretende abranger o maior número de termos usados pela Análise do Comportamento e excluir aqueles que não são tão importantes para um estudo inicial da abordagem. Por uma questão de tempo, alguns conceitos filosóficos e termos muito específicos usados na clínica comportamental, por exemplo, não foram incluídas nessa versão, mas espera-se incluí-los em versões futuras. Da mesma forma, também não se preocupou nesse trabalho em traçar evoluções teóricas dos conceitos, comparação entre autores ou alternativas de definições. Dentro da disponibilidade que se tinha, optou-se propositalmente por definições ao máximo claras e didáticas, para fazer desse um material de consulta que fosse principalmente prático. Nesse sentido, o trabalho seria melhor caracterizado como “vocabulário, ao invés de “dicionário”. As definições não são tão elaboradas como em outros materiais, mas, podem ser consideradas possíveis dentro dos princípios teóricos e empíricos da Análise do Comportamento. Apesar da simplicidade de algumas definições, uma grande parte dos verbetes possui explicações complementares e/ou exemplos ilustrativos para facilitar sua aprendizagem. Estes verbetes estão assinalados com um asterisco (*), e a lista de anexos encontra-se no final da lista principal de termos.
O principal objetivo desse material é ser um manual de consulta rápida. Não se pretende que ele sirva como um material completo para entendimento teórico da abordagem, mas sim que auxilie principalmente alunos que já estejam em contato com a área, a definir e diferenciar conceitos, bem como pesquisar por termos ainda desconhecidos. Seu uso deve ser cuidadoso, sendo aconselhável utilizá-lo tendo como base outras bibliografias e/ou uma disciplina ou professor de suporte. Assim como toda seleção, as escolhas são arbitrárias e podem refletir significativamente as preferências e tendências regionais do grupo que o elaborou. Espera-se com isso promover um intercâmbio mais próximo entre professores, estudantes, profissionais e pesquisadores. Autores: Ronaldo Rodrigues Teixeira Júnior / Co-autoria: Maria Aparecida de Souza e Marcela França Dias.
Lista de Definições
Abstração: discriminação baseada em uma propriedade singular do estímulo. Abulia (ou estafa): baixa freqüência de comportamento por custo alto da resposta.
Acompanhamento público: forma de aprender a responder a eventos privados, onde um sujeito observa estímulos que produzem estimulação privada*
Adaptação: redução de um comportamento operante, por apresentação prolongada de um estímulo. Ambiente: todo conjunto de eventos que afetam e são afetados pelo comportamento dos organismos.
Ameaça: tipo de regra em que seu fornecedor especifica e medeia conseqüências aversivas para seu não cumprimento.
Análise Aplicada do Comportamento (AAC): área de intervenção e aplicação do conhecimento produzido pela Análise do Comportamento.
Análise do Comportamento (AC): área de investigação conceitual, empírica e aplicada do comportamento. Análise Experimental do Comportamento (AEC): área de pesquisa e produção empírica da Análise do Comportamento.
Ansiedade: resposta emocional que ocorre frente a um estímulo pré-aversivo*
Aprendizagem: processo pelo qual um comportamento é adicionado ao repertório do organismo*
Aprendizagem estado-dependente: aprendizagem que tem maior probabilidade de ser demonstrada quando o aprendiz está no mesmo contexto em que ocorreu a aprendizagem original.
Aprendizagem implícita: demonstração de aprendizagem, sem ter ocorrido discriminação de regras pelo aprendiz.
Aprendizagem incidental: ocorrência de aprendizagem sem ter havido arranjo de contingências. Aprendizagem intencional: ocorrência de aprendizagem tendo havido arranjo de contingências.
Aprendizagem latente: desempenho sutil de aprendizagem que não envolve reforçadores usuais (alimento, água, etc)*
Aprendizagem vicariante: aprendizagem baseada no responder de outro organismo, e em suas conseqüências* Atenção: é um operante discriminado com base na história de reforçamento de responder a um estímulo ou a propriedade de um estímulo.
Ato falho: emissão de uma resposta verbal com baixa probabilidade de ser reforçada pela audiência, no lugar de uma resposta verbal que teria maiores chances de estar sob seu controle*
Atraso de reforço: tempo longo entre a emissão de uma reposta e o fornecimento do reforço* Audiência: estímulos discriminativos que controlam a emissão de comportamentos verbais.
Auto-estima: nome que descreve comportamentos de pessoas que possuem grande histórico de obtenção de reforços positivos em situações de interação social.
Auto-reforço: apresentação de um reforçador, por parte do próprio indivíduo, para um comportamento que ele mesmo emitiu.
Auto-regras: tipo de regras emitidas e seguidas pelo próprio sujeito, e que exercem controle sobre seu comportamento*
Autoclítico: operante verbal que modifica o próprio comportamento verbal e que aumenta a discriminação pela audiência da verbalização do falante.
Vocabulário da Análise do Comportamento: Ronaldo Rodrigues Teixeira Júnior e col. Agosto 2005 3
Auto-confiança: nome que descreve comportamentos de pessoas que possuem grande histórico de obtenção de reforços positivos em situações de manipulação do ambiente não social.
Autocontrole: nome dado a um responder que se encontra mais sob controle de consequências atrasadas do que de imediatas*
Behaviorismo Metodológico: base filosófica adotada nos primórdios do surgimento do Behaviorismo* Behaviorismo Radical: área que serve de base para o estudo filosófico, conceitual e histórico da Análise do Comportamento*
Bloqueio: interferência no condicionamento respondente com um estímulo devido a um condicionamento prévio com outro.
Cadeia comportamental: comportamentos unidos por estimulação comum*
Ciências do comportamento: conjunto de áreas do conhecimento que têm algum interesse no estudo do comportamento dos organismos*
Classe: grupo de estímulos ou respostas que partilham propriedades ou características comuns, tais como topografia ou função.
Classe de conseqüências: grupo de estímulos conseqüentes que são similarmente efetivos no controle de uma resposta*
Classe de equivalência: grupo de estímulos arbitrários que partilham as propriedades de equivalência* Classe de estímulos: grupo de estímulos antecedentes que são capazes de evocar uma mesma resposta*
Classe de respostas (ou operante): grupo de comportamentos que possuem a mesma função frente a uma estimulação*
Coerção: controle do comportamento por meio de reforçamento negativo ou punição.
Colagem de estímulos: somatório de todos os estímulos presentes no ambiente em um dado momento.
Competição: comportamentos de dois ou mais sujeitos em relação a um reforçador que não beneficia todos os envolvidos.
Competição de resposta: redução de uma resposta pelo tempo ou esforço envolvido no responder concorrente.
Comportamento: interação entre um organismo e seu mundo histórico e imediato.
Comportamento adjuntivo: comportamento excessivo que ocorre em função da alteração do valor reforçador de uma outra contingência e que não possui relação direta com as variáveis que usualmente controlariam a resposta*
Comportamento colateral: comportamento que aparece conjuntamente e sistematicamente com um comportamento reforçado, mas que não possui relação com a contingência (reforçado por acaso).
Comportamento de ordem superior: tipo de comportamento com base em uma discriminação relacional.
Comportamento governado por regras: comportamentos operantes controlado por descrições das contingências ambientais*
Comportamento intermediário: variações no responder, que geralmente ocorrem no início ou no meio do intervalo entre estímulos*
Comportamento intrusivo: comportamentos de origem filogenética que surgem no meio de desempenhos operantes.
Comportamento modelado pelas contingências: comportamentos operantes controlados diretamente pelas contingências ambientais*
Comportamento operante (ou instrumental): tipo de comportamento onde sua maior fonte de controle encontra-se nos de estímulos conseqüentes.
Comportamento privado ou encoberto: comportamentos aos quais só a própria pessoa que os emite tem acesso*
Comportamento respondente (ou reflexo): tipo de comportamento onde a maior fonte de controle encontra-se nos estímulos antecedentes.
Comportamento social: comportamento de duas ou mais pessoas em relação a uma outra ou em conjunto, em relação a um ambiente comum*
Comportamento supersticioso: tipo de comportamento modificado, mantido ou estabelecido devido a uma relação acidental com um reforçador*
Comportamento verbal: comportamento que exige a presença de reforço mediacional e treino específico do falante e ouvinte na comunidade verbal para que ocorra*
Comunidade verbal: grupo de pessoas que possuem treino semelhante na emissão de comportamentos verbais. Conceito: uma classe de estímulos onde seja possível observar processos de generalização intraclasse e discriminação interclasses.
Condicionamento: é uma alteração no responder, sob influência do ambiente.
Condicionamento avaliativo: mudança do valor hedônico de estímulos através de condicionamento Pavloviano.
Condicionamento clássico, pavloviano ou respondente: processo pelo qual um estímulo neutro adquire funções similares as de um estímulo incondicionado através de emparelhamentos prévios*
Condicionamento de atraso: tipo de condicionamento respondente onde o estímulo neutro é apresentado em um intervalo longo (maior que cinco segundos) antes do início da ocorrência do estímulo incondicionado - o estímulo neutro fica presente ao longo do intervalo.
Condicionamento de ordem múltipla: é a mistura de condicionamentos respondentes simples, de segunda ordem e/ou de nível mais elevado.
Condicionamento de segunda ordem (ou de ordem superior): tipo de condicionamento respondente onde o estímulo neutro é emparelhado com um estímulo que já foi condicionado, e não por um estímulo incondicionado.
Condicionamento de traço: tipo de condicionamento respondente onde o estímulo neutro é apresentado em um intervalo longo (maior que cinco segundos) antes do início da ocorrência do estímulo incondicionado - o estímulo neutro desaparece durante o intervalo.
Condicionamento diferencial: tipo de condicionamento respondente onde um primeiro estímulo torna-se um estímulo condicionado por preceder o estímulo incondicionado, enquanto um segundo estímulo não adquire essa mesma função porque nunca o precede.
Condicionamento falso (pseudo-condicionamento): a eliciação do responder por um estímulo como resultado de sua apresentação no mesmo contexto que outro, embora nenhum dos dois tenha sido apresentado de uma forma contingente*
Condicionamento operante: processo pelo qual uma resposta tem sua freqüência alterada, devido às conseqüências passadas dessa ação.
Condicionamento reverso: tipo de condicionamento respondente onde o estímulo neutro é apresentado após o término da ocorrência do estímulo incondicionado*
Condicionamento simultâneo: tipo de condicionamento respondente onde o estímulo neutro é apresentado em um intervalo menor ou igual a cinco segundos antes do início da ocorrência do estímulo incondicionado*
Condicionamento temporal: tipo de condicionamento respondente onde o estímulo incondicionado é apresentado repetidas vezes em intervalos regulares.
Conflito: são alterações em um desempenho que ocorrem devido à existência de comportamentos ou conseqüências incompatíveis em um mesmo contexto de emissão*
“Congruence” (congruência): comportamento de seguir regras no qual o ouvinte é controlado tanto pelas suas relações com seu ambiente, quanto pelas suas relações com o fornecedor da regra.
Conhecimento explícito: domínio de determinado repertório de forma verbal* Conhecimento tácito: domínio de determinado repertório de forma não verbal*
Consciência: nome usado quando um organismo se encontra em estado de vigília; quando emite tatos sobre alguma situação; ou quando discrimina variáveis de controle de algum comportamento.
Conseqüência: evento que ocorre após uma resposta e que possui alguma relação de controle sobre a mesma. Contigüidade: justaposição de dois ou mais eventos que ocorrem simultaneamente ou muito próximos um do outro*
Contingência: componentes das relações comportamentais que apresentam relação de dependência entre si*
Contingência de reforçamento: unidade de análise no nível ontogenético - relação entre os comportamentos do indivíduo e suas conseqüências.
Contingência de sobrevivência: unidade de análise nível filogenético - relação entre os comportamentos da espécie e suas conseqüências.
Contingência próxima: contingência mais imediata que mantém o comportamento governado por regras* Contingência última: contingência de longo prazo que mantém o comportamento governado por regras*
Contingências entrelaçadas: é quando o comportamento de um indivíduo tem papel de ação e de ambiente comportamental para a ação de outros indivíduos*
“Contra-pliance”: tipo de pliance onde a resposta dada pelo ouvinte é contrária à especificada pela regra, porém ainda sob o controle do falante*
“Contra-tracking”: tipo de tracking onde a resposta dada pelo ouvinte é contrária à especificada pela regra, porém ainda sob o controle da relação com o meio físico*
Contra-condicionamento: imposição de um novo condicionamento respondente a um anterior que possua propriedades antagônicas.
Contracontrole: resposta comum decorrente de um processo de punição que visa esquiva da estimulação aversiva ou ataque ao agente punidor.
“Contrance” (contraste): comportamento de seguir regras no qual o ambiente e o fornecedor das regras provêm conseqüências conflitivas para o ouvinte (uma reforçadora e outra aversiva).
Controle de estímulos: refere-se à extensão na qual o valor de um estímulo antecedente determina a probabilidade de ocorrência de uma resposta.
Cooperação: comportamentos entre dois ou mais sujeitos em relação a um reforçador que beneficia todos os envolvidos.
Cópia: resposta verbal escrita derivada de estimulação verbal também escrita*
Correspondência ponto a ponto: é uma relação entre um estímulo discriminativo e a resposta que ele controla, na qual cada componente do estímulo controla sua parte correspondente da resposta* CR (ou RC) - sigla que indica a resposta condicionada em um paradigma respondente.
Criatividade: nome usado para indicar a emissão de um comportamento que difere de outros emitidos nas mesmas circunstâncias (comportamento novo).
CS (ou EC) - sigla que indica o estímulo condicionado em um paradigma respondente.
Cultura: conjuntos de comportamentos que são ou não reforçados e/ou punidos por um grupo de pessoas em um ambiente comum.
Vocabulário da Análise do Comportamento: Ronaldo Rodrigues Teixeira Júnior e col. Agosto 2005 7 Custo da resposta: condições necessárias para uma resposta ocorrer*
Desamparo aprendido: retardamento na aquisição do responder de fuga e esquiva, produzido por uma história em que o responder durante estímulos aversivos não teve conseqüências reforçadoras*
Desempenho incompatível: tipo de efeito de um operante concorrente, onde os desempenhos com probabilidade semelhante de ocorrer, são impossíveis de ocorrer ao mesmo tempo.
Deslocamento: é um processo em que um comportamento com alta probabilidade que não pôde ser emitido, ocorre em um contexto similar, mas com baixa probabilidade de ser punido*
Determinismo probabilístico: chance relativa de um determinado evento X causar uma resposta Y. Diferenciação de respostas: restrição dos efeitos do reforço, extinção ou punição dentro dos limites de uma classe operante.
Discriminação condicional: procedimento de discriminação que envolve estímulos condicionais*
Discriminação de estímulos: é um responder de maior probabilidade frente a um estímulo, em comparação com outro.
Discriminação interclasses: processo de discriminação de estímulos pertencentes a classes diferentes* Discriminação relacional (ou aprendizagem relacional): é um responder a uma relação observada entre estímulos e não às suas propriedades físicas*
Discriminação temporal: discriminação baseada em propriedades temporais dos estímulos.
Ditado: resposta verbal escrita derivada de estimulação vocal.
DRA: reforçamento diferencial de comportamento alternativo*
DRH: reforçamento diferencial de altas taxas de respostas*
DRI: reforçamento diferencial de comportamento incompatível*
DRL: reforçamento diferencial de taxas baixas de respostas*
DRO: reforçamento diferencial de qualquer outro comportamento (que não um em especial)*
DRP: reforçamento diferencial de responder espaçado*
Ecóico: uma resposta verbal vocal derivada de estimulação também vocal*
Efeito de Garcia: um estímulo gustativo se torna facilmente um CS eliciando uma CR de aversão depois de emparelhamentos com um US que elicia uma UR de enjôo*
Eliciar: termo que se relaciona à ocorrência de uma resposta respondente.
Elo de cadeia: estímulos dentro de uma cadeia comportamental - função de ocasião e de reforço.
Vocabulário da Análise do Comportamento: Ronaldo Rodrigues Teixeira Júnior e col. Agosto 2005 8
Emitir: termo que se relaciona à ocorrência de uma resposta operante.
Emoção: nome usado para descrever uma série de comportamentos principalmente respondentes, de ocorrência
pública ou privada, de natureza orgânica ou aprendida, de acordo história do falante e cultura.
Emparelhar: dispor estímulos diferentes de forma contingente e sistemática em procedimentos respondentes*
Ensinar: arranjar contingências de reforço.
Episódio verbal: termo utilizado para descrever uma situação onde há a presença de comportamentos de ouvinte e falante.
Equivalência de estímulos: relação entre estímulos produzida por discriminação condicional, que partilham entre si todas as propriedades das relações emergentes de reflexividade, simetria e transitividade.
Esquema: especificação dos critérios pelos quais as respostas tornam-se elegíveis para produzir reforçadores.
Esquema ajustável: esquema que varia em função de alguma propriedade de desempenho.
Esquema alternativo: esquema em que uma resposta é reforçada quando qualquer um dos dois ou mais requisitos é satisfeito.
Esquema compassado: esquema que faz uso do DRP.
Esquema composto: esquema que combina dois ou mais esquemas componentes.
Esquema conjuntivo: esquema que reforça uma resposta quando cada um dos dois ou mais requisitos dos esquemas são satisfeitos.
Esquema de intervalo: esquema em que um tempo mínimo deve transcorrer antes que uma resposta seja reforçada*
Esquema de razão: esquema em que um número específico de respostas deve ser emitido antes que a última seja reforçada*
Esquema de tempo: esquema em que um tempo mínimo deve transcorrer antes que uma resposta seja reforçada - a apresentação do reforçador independe de qualquer resposta.
Esquema encadeado: esquema composto, no qual os reforçadores são produzidos pelo completar sucessivo de mais de um esquema componente - presença de estímulos diferentes.
Esquema encadeado concorrente: esquemas concorrentes em que os reforçadores são em si mesmos esquemas que operam separadamente e na presença de diferentes estímulos.
Esquema intercruzado: esquema em que as propriedades de intervalos entre respostas variam juntos de acordo com alguma função comum (um afeta o outro).
Esquema misto: esquema composto com dois ou mais componentes que operam em alternação na presença do mesmo estímulo.
Esquema múltiplo: esquema composto com dois ou mais componentes que operam em alternação na presença de estímulos diferentes.
Esquema progressivo: esquema em que os requisitos mudam progressivamente em cada reforçador.
Esquema Tandem: esquema composto, no qual os reforçadores são produzidos pelo completar sucessivo de mais de um esquema componente - presença de um mesmo estímulo.
Esquemas concorrentes: dois ou mais esquemas que operam simultânea e independentemente, cada um para uma resposta diferente.
Esquemas conjuntos: dois ou mais esquemas componentes, geralmente envolvendo diferentes reforçadores, operando para uma única resposta.
Esquemas fixos: baseados em número fixo de respostas, intervalo ou tempo para liberar reforçador.
Esquemas randômicos: baseados em uma probabilidade para liberação do reforçador - número de respostas, intervalo ou tempo aleatórios.
Esquemas variáveis: baseados em média de respostas, intervalo ou tempo para liberar reforçador.
Esquiva: prevenção de uma estimulação aversiva por uma resposta.
Estímulo: qualquer evento físico ou combinação de eventos relacionados com a ocorrência de uma resposta.
Estímulo apetitivo ou estímulo reforçador: qualquer evento que quando apresentado aumenta a freqüência de um comportamento e que quando retirado diminui a sua freqüência.
Estímulo aversivo ou estímulo punidor: qualquer evento que quando apresentado diminui a freqüência de um comportamento e que quando retirado aumenta sua freqüência.
Estímulo condicionado: estímulo que adquire as propriedades do estímulo incondicionado por acompanhá-lo fidedignamente em um processo de aprendizagem*
Estímulo condicional: estímulo que sinaliza qual contingência de três termos está em vigor* Estímulo contextual: estímulo que sinaliza qual contingência de quatro termos está em vigor*
Estímulo incondicionado: estímulo que possui suas propriedades de reforçamento, aversividade ou eliciação devido à história filogenética*
Estímulo neutro: estímulo que, sem condicionamento, não elicia respostas reflexas* Estímulo pré-aversivo: estímulo que precede seguramente um estímulo aversivo* Estímulo verbal: estímulo produzido por um comportamento verbal.
Evento antecedente: quaisquer eventos que ocorram antes da emissão de uma resposta - com ou sem relação de contingência.
Vocabulário da Análise do Comportamento: Ronaldo Rodrigues Teixeira Júnior e col. Agosto 2005 10
Evento subseqüente: evento que ocorrem após a emissão de uma resposta e que não possui relação de controle sobre a mesma.
Evocar: termo utilizado quando se tem dúvidas se um comportamento foi emitido ou eliciado* Explicação circular: é quando a explicação de um dado evento é a sua própria evidência*
Extinção operante: quebra da relação de contingência entre uma resposta e uma conseqüência pela suspensão do reforçamento*
Extinção respondente: quebra da relação de contingência entre um estímulo antecedente e uma resposta pela apresentação sucessiva do CS sem o US.
“Fading” (esvaecimento): é a transferência gradativa do controle de um comportamento de um estímulo para outro.
“Fading in”: é a transferência gradativa do controle de um comportamento, de um número pequeno de estímulos para um número maior.
“Fading out”: é a transferência gradativa do controle de um comportamento, de um número grande de estímulos para um número menor.
“Feedback”: estímulo ou propriedade de estímulo relacionado ao, ou produzido pelo, próprio comportamento do organismo. O estímulo pode mudar o comportamento, que, por sua vez, pode mudar o estímulo.
FI (ou IF): sigla que indica esquema de intervalo fixo.
Ficção explanatória: consiste em dar um nome ao que se pretende explicar*
Filogênese: história evolucionária da espécie.
Fixação funcional: tentativa repetida de solucionar um problema da mesma maneira.
FR (ou RF): sigla que indica esquema de razão fixa.
Freqüência de respostas: total de respostas por um tempo fixo.
FT (ou TF): sigla que indica esquema de tempo fixo.
Fuga: é a interrupção de uma estimulação aversiva por uma resposta.
Generalização de estímulos: é um responder de probabilidade similar na presença de estímulos diferentes.
Generalização intraclasse: processo de generalização de estímulos pertencentes a uma mesma classe*
Gradiente: medida do responder durante diferentes estímulos como uma função de sua localização ao longo de um contínuo*
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Grupo controle: grupo de sujeitos de um procedimento experimental que não são submetidos à variável independente.
Grupo experimental: grupo de sujeitos de um procedimento experimental que são submetidos à variável independente.
Hábito: comportamento recorrente ou altamente resistente à mudança.
Habituação: redução no comportamento respondente, ao longo de repetidas apresentações de um estímulo.
História comportamental: condições a que um organismo tem sido exposto e que afetam seu comportamento presente.
Imediaticidade: conseqüenciação de um comportamento logo após sua emissão*
Impulsividade: nome dado a um responder mais sob o controle de conseqüências imediatas do que de atrasadas*
Inconsciente: nome usado quando um organismo não se encontra em estado de vigília; quando não se emite tatos sobre alguma situação; ou quando não discrimina variáveis de controle de algum comportamento.
Independência funcional: observação de relação entre eventos, sem manipulação direta dos mesmos.
Indução de respostas: é a difusão dos efeitos do reforço, punição ou extinção para fora dos limites de uma classe operante.
Inibição condicionada: é quando um estímulo (A) antes emparelhado com alta correlação com US deixa de produzir CR devido a um outro emparelhamento com um estímulo (B) de baixa correlação com US (estímulo composto A+B).
Inibição latente: é o impedimento, por algum motivo, de um estímulo neutro se tornar um CS.
“Insight”: solução súbita de um problema, sem tentativas aparentes ou sem clareza dos passos de sua resolução.
Instrução: Sd verbal que descreve seqüências de comportamentos.
Instrutor: pessoa que se comporta como modelo, ensinando os passos para se emitir algum desempenho final.
Inteligência: nome que indica sucesso na emissão de algum comportamento específico.
Intraverbal: resposta verbal controlada por estimulação também verbal*
IRT (ou TER): tempo entre duas respostas.
Lapso de memória: interrupção repentina do comportamento de falar ou pensar sobre um tema específico*
Latência: intervalo de tempo entre o aparecimento de um estímulo e a evocação de uma resposta.
“Learning set” (aprender a aprender): melhoria no desempenho, velocidade e acurácia em um processo de aprendizagem, devido à exposição a outros treinos de aprendizagem no passado.
Lei da igualação: taxas relativas de diferentes respostas tendem a se igualar às taxas relativas de reforços que elas produzem.
Lei do efeito: todo ato que produz satisfação tende a se repetir, enquanto todo ato que produz desconforto tende a não se repetir*
Lembrar/recordar: resposta privada ocasionada por um estímulo que já não está presente publicamente. Liberdade: diz da emissão de comportamentos sem presença de coerção.
Limiar absoluto: intensidade mínima de um estímulo para evocar uma resposta.
Limiar diferencial: é o valor mínimo para descobrir a diferença de intensidade de um estímulo. Linguagem: práticas verbais compartilhadas por membros de uma comunidade verbal.
Linha de base (ou nível operante): medida estável de um desempenho inicial sobre o qual são aplicados os procedimentos experimentais.
Magnitude: força de uma resposta*
Mando: resposta verbal controlada por uma operação estabelecedora*
Mando distorcido: resposta verbal com controle diferente do especificado*
Mando impuro: resposta verbal com forma de mando e função de tato*
Mando mágico: generalização do comportamento de “mandar” para situações onde o controle verbal é impossível*
Mando supersticioso: estabelecimento do comportamento de “mandar” devido a reforço acidental* “Match-to-sample”: procedimento de escolha conforme o modelo que envolve discriminação condicional* Membro de cadeia: respostas dentro de uma cadeia comportamental.
Mentalismo: tipo de eventos mentais que são usados para explicar comportamentos.
Metacontingência: unidade de análise no nível cultural - relação entre práticas culturais e suas conseqüências. Método experimental: um dos métodos usados pela ciência, que visa descobrir as relações de dependência entre os eventos da natureza*
Modelação: apresentação de um comportamento a ser imitado*
Modelagem: modificação gradual de alguma propriedade do responder através do reforço diferencial por aproximações sucessivas.
NS (ou EN): sigla que indica estímulo neutro em um paradigma respondente.
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Ocasião: circunstâncias sob as quais uma resposta opera.
Ofuscação: é quando um dos elementos de um estímulo composto emparelhado com US adquire um poder
maior de eliciar o CR do que o outro elemento (maior saliência). Ontogênese: história de aprendizagem de um organismo.
Operação estabelecedora: é uma operação que altera o valor reforçador de uma conseqüência e que aumenta a probabilidade de ocorrência de comportamentos relacionados a estes estímulos*
Operação estabelecedora condicionada: tipos de operações estabelecedoras de origem ontogenética. Operação estabelecedora condicionada reflexiva: envolve uma relação entre a apresentação sistemática de um evento e a retirada de um estímulo aversivo. Este estímulo adquire propriedades motivacionais de esquiva*
Operação estabelecedora condicionada substituta: envolve uma correlação temporal de um evento, previamente neutro, que antecede sistematicamente uma operação estabelecedora incondicionada ou condicionada, adquirindo assim suas funções motivacionais*
Operação estabelecedora condicionada transitiva: relaciona-se com o conceito de reforçador condicionado condicional. Estabelece condições para que reforçadores condicionados adquiram funções motivacionais, a partir de uma outra operação estabelecedora condicionada*
Operação estabelecedora incondicionada: tipos de operações estabelecedoras de origem filogenética*
Operacionalização de termos: explicar conceitos com base nas operações que eles descrevem.
Operante discriminado: comportamento operante sob o controle de certos estímulos, e não de outros.
Operante livre: é a condição na qual o organismo fica para emitir a próxima resposta, após ter finalizado uma anterior.
Operantes concorrentes: duas ou mais classes de respostas alternativas com probabilidade semelhante de ocorrência (compatíveis ou incompatíveis).
Organismo: fonte de emissão de comportamentos. (sistema aberto dotado de potencialidade genética, que faz trocas com o ambiente, capaz de modificar suas características de acordo com as experiências - nota do site)
Pensamento: comportamento privado que ocorre no estado de vigília.
Período crítico: qualquer período de tempo ao qual se limita à operação de um processo comportamental.
Perito: pessoa que se comporta como modelo, apresentando apenas o passo final de algum desempenho.
Personalidade: nome usado para descrever padrões comportamentais relativamente estáveis em determinadas condições ambientais.
“Plience” (complacência): comportamento de seguir regras sob o controle das relações do ouvinte com o fornecedor da regra*
Vocabulário da Análise do Comportamento: Ronaldo Rodrigues Teixeira Júnior e col. Agosto 2005 14
Potenciação: aumento, ao longo de apresentações repetidas, no comportamento respondente eliciado por um estímulo*
Prática cultural: conjunto de contingências entrelaçadas de reforçamento, no qual o comportamento e os produtos comportamentais de cada participante funcionam como eventos ambientais com os quais o comportamento de outros indivíduos interagem*
Pré-condicionamento sensorial: tipo de condicionamento de ordem superior em que uma relação contingente entre dois estímulos precede a ocasião em que um deles será empregado como CS*
Precorrente: respostas que antecedem uma resposta final de solução de um problema e que aumentam a probabilidade de sua ocorrência (verbal ou não verbal).
Princípio de Premack: estímulos reforçadores e punidores são definidos pela alteração na freqüência dos comportamentos que os produziram*
Privação: redução na disponibilidade de um reforçador - aumenta a probabilidade de ocorrência de comportamentos que produzam esse estímulo.
Probabilidade: é a freqüência que um evento ocorre dividido pela freqüência possível.
“Probe” (sondagem): dica verbal na qual o falante não discrimina a resposta final.
Problema: é a baixa probabilidade de emissão de uma resposta frente a uma determinada estimulação.
Processo comportamental: é uma mudança no comportamento no tempo (ou tentativas no tempo) em que um procedimento constante é mantido em efeito.
“Prompt” (incitação): dica verbal na qual o falante discrimina a resposta final.
Propriedades comuns: forma de aprender a responder a eventos privados, que se caracteriza basicamente por um processo de generalização: uma resposta pública possui função similar à mesma resposta de forma privada* Punição: processo comportamental utilizado para reduzir a freqüência de um comportamento*
Punição negativa: processo operante em que a retirada de um estímulo conseqüente (reforçador), diminui a freqüência de uma resposta.
Punição positiva: processo operante em que a apresentação de um estímulo conseqüente (aversivo), diminui a freqüência de uma resposta.
Punidor primário: tipo de estímulo punidor que teve sua função estabelecida devido à história filogenética. Punidor secundário: tipo de estímulo punidor que teve sua função estabelecida devido à história ontogenética.
Quadro relacional: descrição das relações que caracterizam uma classe de ordem superior, especialmente em casos de controle de estímulos complexo*
Recompensa: fornecimento de benefício ou premiação frente a determinado comportamento*
Recuperação espontânea: um aumento no responder após um período de decréscimo ou ausência de respostas*
Redução da resposta: forma de aprender a responder a eventos privados, onde um resposta pública, ganha gradativamente, controle privado*
Reflexividade: uma vez apresentado um estímulo A como modelo, ser capaz de responder a ele também como comparação (A-A)*
Reflexo condicionado: eliciação de uma resposta condicionada (CR) por um estímulo que fora condicionado (CS)*
Reflexo incondicionado: eliciação de uma resposta incondicionada (UR) por um estímulo incondicionado (US)*
Reforçador arbitrário: tipo de estímulo reforçador que para ser eficaz depende de um estado de privação de uma segunda pessoa*
Reforçador extrínseco: tipo de estímulo reforçador que possui uma relação arbitrária com as respostas que o produzem*
Reforçador generalizado: tipo de estímulo reforçador secundário que se relaciona com vários reforçadores primários*
Reforçador intrínseco: tipo de estímulo reforçador que possui uma relação direta com as respostas que o produzem*
Reforçador natural: tipo de estímulo reforçador que para ser eficaz depende do estado de privação da própria pessoa*
Reforçador primário: tipo de estímulo reforçador que teve sua função estabelecida devida à história filogenética.
Reforçador secundário: tipo de estímulo reforçador que teve sua função estabelecida devido à história ontogenética.
Reforçador social: tipo de estímulo reforçador que depende da mediação de um outro organismo para ser liberado*
Reforçamento: processo comportamental utilizado para aumentar a freqüência de um comportamento* Reforçamento acidental: processo onde se nota uma coincidência entre a ocorrência de um comportamento e a liberação de um reforçador*
Reforçamento contínuo (ou CRF): processo de reforçamento de todas as respostas dentro dos limites de uma classe operante.
Reforçamento diferencial: processo onde algumas respostas são escolhidas para serem reforçadas e outras não*
Reforçamento intermitente: processo de reforçamento de algumas, mas não de todas as respostas dentro dos limites de uma classe operante.
Reforçamento negativo: processo operante em que a retirada de um estímulo conseqüente (aversivo), aumenta a freqüência de uma resposta.
Reforçamento positivo: processo operante em que apresentação de um estímulo conseqüente (reforçador), aumenta a freqüência de uma resposta.
Regra: descrição verbal de uma contingência que exerce controle sobre o comportamento*
Regra descritiva (ou implícita): regra em que um ou mais termos da contingência que está em vigor não estão descritos*
Regra prescritiva (ou explícita): regra em que há a descrição dos três termos da contingência em vigor*
Relação emergente: é uma relação que emerge de subprodutos ou generalizações de estímulos ou respostas, sem nunca ter havido treino direto*
Relação funcional: efeito de uma contingência, onde a ocorrência de um evento afeta a ocorrência do outro (relação se... então...).
Repertório: comportamento que um organismo pode emitir, no sentido de que o comportamento existe em um nível acima de zero, foi modelado ou, se extinto, pode ser rapidamente reinstalado.
Resistência: aumento de um limiar, pela apresentação de pequenas intensidades sucessivas de um estímulo. Resposta: unidade de comportamento que afeta e é afetado por estímulos.
Resposta colateral: forma de aprender a responder a eventos privados, onde um sujeito observa um resposta que geralmente acompanha uma estimulação privada*
Resposta controladora: resposta emitida que altera a probabilidade de ocorrência de uma outra resposta* Resposta de observação: resposta que produz ou clarifica um estímulo discriminativo e que pode ser mantida pela efetividade do estímulo como reforçador condicionado.
Resposta de orientação: resposta que coloca um organismo em posição de emitir outras respostas, ou que permite que ele entre em contato com estímulos discriminativos.
Ressurgência (ou regressão): reaparecimento de um comportamento que já não estava ocorrendo no presente, mas que era freqüente no passado*
S∆ (S-delta): sinaliza a indisponibilidade de reforço e estabelece a ocasião para ocorrência de respostas que evitem contato com estimulação aversiva.
Saciação: apresentação continuada de um reforçador - diminui a probabilidade de ocorrência de comportamentos que produzam esse estímulo.
Sd (estímulo discriminativo): sinaliza a disponibilidade de reforço e estabelece a ocasião para a ocorrência de respostas que produzam reforçadores.
Seleção por conseqüências: modelo de explicação do comportamento formulado por Skinner, que postula que os comportamentos da espécie, do indivíduo e as práticas culturais, são mantidas por suas conseqüências*
Sensibilização: rebaixamento de um limiar, pela apresentação de um outro estímulo no passado*
Sentimento: nome usado para descrever uma série de comportamentos principalmente operantes, de ocorrência pública ou privada, de natureza orgânica ou aprendida, de acordo história do falante e cultura.
Significado: usos que fazemos das palavras, ou de outros comportamentos, de acordo com nossa história de reforçamento.
Simetria: uma vez treinada uma relação A (modelo) = B (comparação), ser capaz de responder de forma inversa (B-A)*
Simetria da transitividade: uma vez treinada uma relação A (modelo) = B (comparação) e outra B (modelo) = C (comparação), ser capaz de responder diretamente a relação C-A.
Solução de problema: emissão de uma resposta que estava com probabilidade baixa frente à determinada estimulação.
Sombreamento: atenuação do condicionamento respondente com um estímulo, por causa da presença de outro. Sonho: comportamento privado que ocorre no estado de repouso.
Sublimação: é um processo em que um comportamento com alta probabilidade que não pôde ser emitido, ocorre em um contexto diferente, mas com baixa probabilidade de ser punido*
Suborno: tipo de regra em que seu fornecedor especifica e medeia conseqüências reforçadoras para seu cumprimento.
Sujeito ingênuo: organismo que participa de pesquisa, sem história prévia em outros procedimentos.
Supressão condicionada: redução no responder produzida direta ou indiretamente por um estímulo aversivo.
Tato: resposta verbal controlada por estímulos discriminativos não verbais*
Tato distorcido: resposta verbal com controle diferente do especificado*
Tato genérico: generalização dos efeitos do tato para estímulos que possuem várias características semelhantes àquele que foi aprendido*
Tato impuro: resposta verbal com forma de tato e função de mando*
Tato metafórico: generalização dos efeitos do tato para um estímulo que possua pelo menos uma característica semelhantes àquele que foi aprendido*
Tato metonímico: generalização dos efeitos do tato para estímulos que não possuem características semelhantes àquele que foi aprendido, somente o acompanharam no passado*
Tato por solecismo (ou catacrese): generalização dos efeitos do tato para estímulos que não possuem características semelhantes àquele que foi aprendido, mas o substitui na ausência de um termo mais apropriado*
Tatos não tateáveis: tipo de resposta verbal que dificulta que o ouvinte entre em contato com as condições reais do ambiente*
Tautologia: vício da linguagem que consiste em se falar, de diferentes maneiras, da mesma coisa*
Taxa de respostas: número de respostas por unidade de tempo.
Textual: resposta verbal vocal derivada de estimulação escrita.
“Time out” (pausa): período em que se retira um organismo do contato com reforçadores, visando diminuir a freqüência de um comportamento específico*
Topografia de um comportamento: descrição de um comportamento com base na sua forma ou estrutura. “Tracking” (trilha): comportamento de seguir regras sob controle das relações do ouvinte com seu ambiente*
Transitividade: uma vez treinada uma relação A (modelo) = B (comparação) e outra B (modelo) = C (comparação), ser capaz de responder diretamente a relação A-C.
Treino: repetição das condições de condicionamento entre uma resposta e uma conseqüência em procedimentos operantes*
UR (ou RI): sigla que indica a resposta incondicionada em um paradigma respondente. US (ou EI): sigla que indica o estímulo incondicionado em um paradigma respondente. Variável dependente: é o efeito observado na manipulação da VI*
Variável experimental: variável que é manipulada pelo experimentador*
Variável independente: são as variáveis que o experimentador manipula*
Variável sob observação: qualquer mudança ambiental que possa ter ou não relação com a variável experimental*
Verbalização: emissão de respostas verbais por um falante.
Vernáculo: expressão da linguagem cotidiana que nomeia eventos do mundo* VI (ou IV): sigla que indica esquema de intervalo variável.
VR (ou RV): sigla que indica esquema de razão variável.
VT (ou TV): sigla que indica esquema de tempo variável.
“wordblend” (fusão de palavras): respostas verbais concorrentes que geram uma resposta verbal fundida, com dois controles diferentes.
Lista de Anexos
*Acompanhamento público: Ex. ver alguém sendo picado por uma cobra e perguntar: “você está passando mal?”, ou ver o número de horas que a pessoa passou acordada e falar: “você deve estar cansado”.
*Ansiedade: pode ser caracterizada por uma baixa emissão geral de comportamentos na ausência deste estímulo ou por uma alta emissão de comportamentos de fuga ou esquiva.
*Aprendizagem: algumas formas pelas quais pode ocorrer a aprendizagem: por generalização, regras, modelação com instrução, modelação sem instrução, modelagem, diferenciação de respostas, etc (em geral observamos essa ordem quando queremos saber a velocidade de aquisição – da mais rápida a mais lenta).
*Aprendizagem latente: Ex. rato que explora um labirinto sem haver liberação de comida ou água, por exemplo (o mero explorar seria reforçador).
*Aprendizagem vicariante: fatores que aumentam a probabilidade de ocorrer a aprendizagem vicariante: similaridade entre o modelo e o observador; semelhança entre atividades realizadas; quando há a liberação de reforçador por observar o modelo; quando o comportamento do modelo é saliente; quando o comportamento do modelo é compatível com repertório do observador; quando o modelo entra em contato com conseqüências reforçadoras após se comportar.
*Ato falho: tal fato ocorre devido a similaridade topográfica ou funcional com outra palavra e/ou por forte operação estabelecedora em vigor. Ex. uma pessoa pode estar privada de comida e falar que quer um “pão” ao invés de um “pano”, ao pedir ajuda a um amigo pra limpar sua mesa.
*Atraso de reforço: em geral quanto maior o atraso, menor a efetividade do reforço.
*Auto-regras: o falante e o ouvinte são a mesma pessoa (relação com autocontrole).
*Autocontrole: 1) em geral envolve: a) a de troca de um reforçador de menor magnitude a curto prazo, por outro de maior magnitude a longo prazo; ou b) a submissão a uma condição aversiva de menor magnitude no presente para evitar uma outra de maior magnitude no futuro; 2) técnicas: restrição física (tampar o nariz e a boca para não espirrar), mudança de estímulos (sair com pouco dinheiro pra não comprar muita coisa), privação (não fazer lanches durante o dia pra comer melhor nas refeições), saciação (fazer compras depois de jantar para não comprar muita coisa de comer), manipulação de condições emocionais (pedir um favor para a pessoa sorrindo), uso de estimulação aversiva (usar despertador para acordar), drogas (usar estimulantes para trabalhar ficar acordado de madrugada), auto-reforço (programar alguns minutos de folga após horas de trabalho), etc.
*Behaviorismo Metodológico: terminologia decorrente da ênfase dada ao método utilizado (somente o estudo de comportamentos observáveis).
*Behaviorismo Radical: duas explicações para o termo radical: a) nega radicalmente a existência de qualquer metafísica no controle de comportamentos; b) estuda radicalmente todos os comportamentos.
*Cadeia comportamental: um mesmo estímulo possui tanto função de reforçador condicionado para um comportamento anterior da cadeia, quanto função estímulo discriminativo para a ocorrência do comportamento seguinte.
*Ciências do comportamento: Ex. Análise do Comportamento, Etologia, Antropologia, etc.
*Classe de conseqüências: Ex. aluno que estuda sob controle de várias conseqüências: para obter elogios dos pais, para evitar sermões dos professores e porque quer entrar em uma faculdade.
*Classe de equivalência: presença de bidirecionalidade – um mesmo estímulo pode funcionar como modelo ou comparação Ex. um desenho de uma casa me permite dizer a palavra “casa” e a palavra “casa” me permite fazer o desenho de uma casa.
*Classe de estímulos: Ex. ver um pastor alemão ou um dálmata permitem emitir a resposta verbal “cachorro”. *Classe de respostas (ou operante): Ex: chorar ou fazer birra podem ser efetivos para uma criança conseguir atenção.
*Comportamento adjuntivo: geralmente observada em esquemas longos de FI (também em extinção e punição).
*Comportamento governado por regras: 1) em geral a aprendizagem é mais rápida, o comportamento é menos preciso e é menos sensível à variações ambientais imediatas; 2) sempre envolve duas contingências: próxima e última; 3) três critérios para se determinar se um comportamento está sendo controlado por regras - a) uma regra deve anteceder a ocorrência do comportamento, b) a descrição da regra deve ser correspondente ao comportamento emitido, c) o desempenho não varia substancialmente ao se alterar as conseqüências imediatas da contingência.
*Comportamento intermediário: observados principalmente em comportamentos de superstição e ou no condicionamento temporal.
*Comportamento modelado pelas contingências: em geral a aprendizagem é mais lenta, o comportamento é mais preciso e mais sensível a variações ambientais imediatas.
*Comportamento privado ou encoberto: 1) são observáveis, porém com uma maior probabilidade de discordância pública Ex: sonho e pensamento. 2) formas de aprender respostas privadas: acompanhamento público, resposta colateral, redução da resposta, propriedades comuns.
*Comportamento social: Ex. dar prato de comida para necessitado. 1) a topografia de comportamentos sociais e não sociais pode ser a mesma, com funções diferentes; 2) para ser social, a maior parte do controle do comportamento deve atender ao estado de privação da outra pessoa, e não dela mesma.
*Comportamento supersticioso: não há relação de contingência (geralmente observado em esquemas de FT curtos).
*Comportamento verbal: 1) apenas o comportamento do falante é verbal (o do ouvinte é considerado um responder discriminado); 2) três situações onde reforço mediacional não é verbal: quando estes são equivalentes a eventos físicos, eliciados ou acidentais; 3) operantes verbais: fala, mando, intraverbal, ecóico, cópia, ditado e textual.
*Condicionamento clássico, pavloviano ou respondente: 1) componentes de um condicionamento reflexo: US-UR-N-CS-CR; 2) tipos de condicionamento: simultâneo, de traço, de atraso, temporal, reverso, diferencial, de ordem superior - ou 2a ordem.
*Condicionamento falso (pseudo-condicionamento): Ex: um grande susto pode fazer com que um organismo emita respostas semelhantes a outros estímulos que estavam presentes no momento.
*Condicionamento reverso: é considerado o tipo de condicionamento menos efetivo, geralmente observado com o uso de estímulos aversivos.
*Condicionamento simultâneo: é considerado o tipo de condicionamento mais efetivo.
*Conflito: tipos: a) aproximação–esquiva: uma mesma resposta produz reforçadores e punidores, b) aproximação–aproximação: duas ou mais respostas produzem diferentes reforçadores, c) esquiva-esquiva: duas ou mais respostas evitam, cada uma, um de dois ou mais estímulos aversivos.
*Conhecimento explícito: Ex. descrever como se dirige (“saber” sobre). *Conhecimento tácito: Ex. dirigir com certa habilidade (“saber” como). *Contigüidade: não há relação de contingência.
*Contingência: 1) no caso do comportamento respondente, se trabalha com as relações entre estímulo e resposta. Já no caso do comportamento operante, é mais comum se trabalhar com as relações entre estímulo antecedente, resposta e conseqüência (contingência de três termos). 2) contingências de quatro termos incluem o estímulo condicional na contingência de três termos, e as contingências de cinco termos incluem o estímulo contextual na contingência de quatro termos.
*Contingência próxima: geralmente envolve reforçadores sociais. *Contingência última: geralmente não envolve reforçadores sociais.
*Contingências entrelaçadas: este se diferencia de encadeamento de respostas por envolver necessariamente a relação entre estímulos e comportamentos de duas pessoas – na cadeia pode ser do próprio indivíduo.
*”Contra pliance”: Ex. uma pessoa pede a outra para que não abra a porta, e esta abre somente para provar à primeira que ela não aceita ordens.
*”Contra tracking”: Ex. em um jogo de vôlei, pode-se imaginar um jogador que sempre erra o palpite quando grita se as bolas vão cair dentro ou fora da quadra. Em uma jogada que ele falar “fora”, os parceiros do seu time podem achar que está dentro e irem atrás da bola.
*Cópia: presença de correspondência ponto a ponto.
*Correspondência ponto a ponto: os estímulos discriminativos e as respostas precisam ter dois ou mais componentes. Ex. a palavra escrita “gato” e a palavra falada “gato”. A letra G da palavra escrita controla a letra G da palavra falada e assim também para todas as outras letras.
*Custo da resposta: em geral observa-se que quanto maior o custo da resposta menos provável é sua ocorrência (e vice-versa).
*Desamparo aprendido: Ex. rato toma choque independentemente do comportamento que emitir. Nota-se que com o tempo este para de emitir comportamentos comuns de fuga ou esquiva (relação com depressão em humanos).
*Deslocamento: 1) mesma função com topografia semelhante; 2) em geral envolve estimulação aversiva. Ex. sujeito é xingado pelo chefe e briga com a família em casa.
*Discriminação condicional: base para estudos de equivalência de estímulos.
*Discriminação interclasses: se relaciona com o processo de formação de conceitos. *Discriminação relacional (ou aprendizagem relacional): Ex. “maior que...”, “menor que...”, etc.
*DRA: Ex. em uma situação clínica, um terapeuta que nota que um cliente apresenta freqüência muito alta de relatos sobre os problemas que lhe aconteceram durante a semana, pode liberar os mesmos reforçadores quando ele começar a relatar avanços no processo psicoterapico.
*DRH: Ex: tempo necessário para os dois cliques do mouse serem efetivos para abrir programas no computador. *DRI: Ex. em um contexto escolar, processo de reforçar o comportamento de alunos indisciplinados quando estes se assentam perto do professor, quando estes conversam apenas no fundo da sala.
*DRL: Ex: tempo necessário para abrir algumas portas de geladeira, após já tê-la aberto antes.
*DRO: Ex. pais reforçam qualquer comportamento do filho, menos o de fazer bagunça.
*DRP: Ex. datilografia, dança, música – necessitam de um ritmo específico.
*Ecóico: presença de correspondência ponto a ponto.
*Efeito de Garcia: poucos emparelhamentos são necessários e se pode transcorrer longos períodos de atraso entre CS e US.
*Emparelhar: os estímulos podem adquirir funções similares aos dos estímulos que foram emparelhados.
*Esquema de intervalo: o intervalo é medido a partir de algum evento: o início de um estímulo, o último reforçador ou o final do outro intervalo. Após esse intervalo a primeira resposta é reforçada (as resposta que ocorrem antes do intervalo não têm efeito).
*Esquema de razão: as respostas que ocorrem antes são cumulativas.
*Estímulo condicionado: também chamados de punidores ou reforçadores secundários (no caso do comportamento operante) ou CS (no caso do comportamento respondente).
*Estímulo condicional: também chamado de 4o termo da contingência (alguns o consideram apenas como um tipo de estímulo composto).
*Estímulo contextual: também chamado de 5o termo da contingência (alguns o consideram apenas como um tipo de estímulo composto).
*Estímulo incondicionado: também chamados de punidores ou reforçadores primários (no caso do comportamento operante) ou US (no caso do comportamento respondente).
*Estímulo neutro: estímulo que não afeta o responder (no caso do comportamento operante), ou representado pela sigla NS (no caso do comportamento respondente).
*Estímulo pré-aversivo: também chamado de estímulo aversivo condicionado (relação com ansiedade). *Evocar: a dúvida pode ser decorrente em um caso onde a topografia dos dois comportamento seja semelhante, ou em um caso onde haja duplo controle.
*Explicação circular: Ex. pergunta 1:“por que ele foi agressivo”? resposta 1: “por causa do ID”. Pergunta 2: “como se sabe que o ID existe”? Resposta 2: “pela sua agressividade”.
*Extinção operante: 1) no início do procedimento a taxa da resposta a ser extinta aumenta consideravelmente e aos poucos se reduz até atingir níveis semelhantes aos obtidos antes de ser aprendida; 2) em geral, a extinção é conhecida por ser um processo mais lento, menos aversivo e com efeitos mais permanentes do que os observados na punição.
*Ficção explanatória: Ex. pergunta: “por que um objeto cai quando eu o jogo no chão”? resposta: “por causa da gravidade”.
*Generalização intraclasse: se relaciona com o processo de formação de conceitos. *Gradiente: tipos: gradiente de generalização, de extinção, de discriminação, etc. *Imediaticidade: facilita estabelecimento de relação de contingência.
*Impulsividade: em geral envolve: a) a de troca de um reforçador de maior magnitude a longo prazo, por outro de menor magnitude a curto prazo; ou b) a submissão a uma condição aversiva de maior magnitude no presente ao invés de entrar em contato com uma outra de menor magnitude no futuro.
*Intraverbal: relação arbitrária.
*Lapso de memória: geralmente devido à presença de alguma função aversiva (sem haver discriminação deste controle pelo sujeito que está se comportando).
*Lei do efeito: formulada por Thorndike.
*Magnitude: geralmente é proporcional à intensidade de um estímulo.
*Mando: 1) possui reforçador específico e beneficia mais o falante; 2) Ex. pedidos e ordens; 3) extensões do mando: supersticioso, mágico, etc.
*Mando distorcido: Ex.: perguntar “quantas horas?” quando se queria dizer “já quer ir embora?” *Mando impuro: Ex.: perguntar “você tem carro?” quando se que dizer “eu tenho carro”. *Mando mágico: Ex. falar “pára chuva!”.
*Mando supersticioso: Ex. em um jogo de baralho falar “venha valete, venha...” e a carta pedida aparecer – fortalece comportamento de pedir (tipo de comportamento supersticioso).
*”Match-to-sample”: muito usado em estudos de equivalência de estímulos.
*Mentalismo: Ex. pergunta: “por que ele brigou com a namorada”? resposta: “porque ele estava com raiva”.
*Método experimental: é necessária a existência de três condições para um método ser considerado experimental: é preciso que haja manipulação de variáveis, controle de manipulação de variáveis e randomização da amostra.
*Modelação: um modelo pode ser perito ou instrutor.
*Operação estabelecedora: tipos: operação estabelecedora incondicionada e condicionadas (substituta, reflexiva, transitiva).
*Operação estabelecedora condicionada reflexiva: Ex. a luz do painel do carro emparelhada com a parada do carro por falta de combustível. Aumenta a probabilidade de emissão do comportamento de abastecer o carro.
*Operação estabelecedora condicionada substituta: Ex. dinheiro que sempre aparece juntamente com apresentação de comida em estado de privação, também adquire propriedades motivacionais.
*Operação estabelecedora condicionada transitiva: Ex. um telefone público seria uma operação estabelecedora condicionada transitiva para o comportamento de procurar um cartão no bolso.
*Operação estabelecedora incondicionada: Ex. estimulação dolorosa, variações da temperatura em níveis extremos (alta e baixa), administração de drogas, estimulação proprioceptiva, e variações nas operações de privação e saciação de variáveis relacionadas à estimulação sexual, alimento, água, oxigênio, atividade, sono e estimulação sensorial.
*”Pliance” (complacência): maior relação com o comportamento do falante “mando”, e com a obtenção de reforçadores arbitrários (maior benefício do falante).
*Potenciação: principalmente sob estimulação aversiva.
*Prática cultural: Ex. conjunto de ações comunitárias de uma sociedade que envolve dar alimento a pessoas necessitadas – uma pessoa doa comida, outra reúne os necessitados, outra os leva para casa, etc. *Pré-condicionamento sensorial: ordem de fases inversa ao condicionamento de segunda ordem.
*Princípio de Premack: não há funções intrínsecas dos estímulos (diz sobre a relatividade e a possibilidade de reversibilidade dos conceitos).
*Propriedades comuns: Ex. aprender a falar a palavra casa, e ser capaz de pensar na mesma palavra.
*Punição: 1) desvantagens de seu uso (principalmente da punição positiva): produção de respostas emocionais aversivas, conflito de respostas e contracontrole; 2) vantagens do seu uso: efeito imediato, não exige grande treino do agente punidor e seu efeito não varia de acordo com privação e saciação.
*Quadro relacional: Ex. se as relações AB e BC fazem parte do quadro “o oposto de”, então a relação BC faz parte da relação “o mesmo de”.
*Recompensa: pode ou não funcionar como um estímulo reforçador. Tal função só pode ser determinada observando o efeito que a apresentação do estímulo tem sobre o responder futuro do organismo.
*Recuperação espontânea: observado após aplicação de procedimentos de extinção respondente e operante.
*Redução da resposta: em geral envolve estimulação aversiva. Ex. falar tudo o que acha de alguém e ser punido, aumenta a probabilidade de posteriormente a pessoa falar cada vez menos, até chegar ao ponto de só pensar sobre o assunto.
*Reflexividade: desempenho emergente (sem treino direto) que pode ser observado em procedimentos de match-to-sample (uma das três propriedades necessárias para poder se observar uma relação de equivalência entre estímulos).
*Reflexo condicionado: efeito semelhante ao observado na relação entre US e o UR (necessita de treino para sua ocorrência).
*Reflexo incondicionado: relação com base na história filogenética (não necessita de treino para sua ocorrência).
*Reforçador arbitrário: relação com obtenção de reforço negativo. Ex.: mudar comportamentos porque o terapeuta pediu.
*Reforçador extrínseco: Ex: músico que toca por dinheiro.
*Reforçador generalizado: Ex.: dinheiro.
*Reforçador intrínseco: Ex. músico que toca pela estimulação sensorial que o instrumento produz.
*Reforçador natural: relação com obtenção de reforço positivo Ex.mudar porque os novos comportamentos produzem contato com novos reforçadores.
*Reforçador social: respostas mais flexíveis e, em geral, relacionadas com esquemas intermitentes
*Reforçamento: 1) vantagens do seu uso: evita subprodutos da punição; 2) desvantagens do seu uso (principalmente do reforçamento positivo): desempenhos hedonistas (sem obrigações), ausência de respostas de esquiva (defesa de perigos), menor resistência à frustração.
*Reforçamento acidental: resulta em um aumento na freqüência do comportamento, mesmo sem haver relação de contingência com o estímulo.
*Reforçamento diferencial: resulta em uma diferenciação de respostas.
*Regra: 1) pode possuir múltiplas funções como, por exemplo, as funções de estímulo discriminativo, operação estabelecedora, etc; 2) sempre envolve duas contingências (próxima e última); 3) uma regra pode ser descritiva ou prescritiva.
*Regra descritiva (ou implícita): menor custo para sua emissão, mas diminui a efetividade de seu seguimento.
*Regra prescritiva (ou explícita): maior custo para sua emissão, mas aumenta a efetividade de seu seguimento. *Relação emergente: observado, por exemplo, em procedimentos de equivalência de estímulos.
*Resposta colateral: Ex. ver alguém com o braço segurando a mandíbula e ver alguém perguntar “seu dente está doendo?” ou ver alguém ficando vermelho e ouvir “acho que você está com vergonha”.
*Resposta controladora: presença de discriminação das variáveis que controlam sua ação (relação com autocontrole).
*Ressurgência (ou regressão): geralmente por uma ausência de repertório, suspensão de reforço em uma situação presente ou punição de comportamento antes reforçado.
*Seleção por conseqüências: 1) abrange os níveis filogenético, ontogenético e cultural de determinação do comportamento; 2) análogo ao modelo darwinista de seleção natural (restrito ao nível filogenético).
*Sensibilização: Ex. dar um choque elétrico em uma pessoa, pode tornar mais provável que um ruído intenso subseqüente produza uma reação de sobressalto.
*Simetria: desempenho emergente (sem treino direto) que pode ser observado em procedimentos de match-to- sample (uma das três propriedades necessárias para poder se observar uma relação de equivalência entre estímulos).
*Simetria da transitividade: desempenho emergente (sem treino direto) que pode ser observado em procedimentos de match-to-sample (usado como forma direta de se testar se houve equivalência).
*Sublimação: 1) mesma função com topografia diferente; 2) em geral envolve estimulação aversiva. Ex. ninfomaníaco é punido pela sociedade por expressar suas fantasias sexuais e começa a pintar quadros obscenos.
*Tato: 1) esta resposta possui reforçador generalizado e beneficia mais o ouvinte; 2) Ex. avisos e conselhos; 3) extensões do tato: genérica, metafórica, metonímica, etc.
*Tato distorcido: Ex.: falar “eu fiz o dever” quando na verdade outra pessoa fez o dever (mentira).
*Tato genérico: somente a primeira resposta sofreria essa classificação – as demais são devido à reforçamento Ex. aprender a falar cachorro na presença de um pastor alemão e depois emitir o mesmo comportamento na presença de um fila.
*Tato impuro: Ex.: falar “estou com sede” quando se queria dizer “você pode pegar água pra mim?”
*Tato metafórico: somente a primeira resposta sofreria essa classificação – as demais são devido à reforçamento Ex. “aquela senhora é um doce”.
*Tato metonímico: somente a primeira resposta sofreria essa classificação – as demais são devido à reforçamento Ex. “O palácio do planalto aprovou a nova lei” (o presidente).
*Tato por solecismo (ou catacrese): somente a primeira resposta sofreria essa classificação – as demais são devido à reforçamento Ex. “todos puderam embarcar no avião” (palavra originalmente usada somente para embarcações).
*Tatos não tateáveis: Ex. “ninguém me ama”, “todos os homens são iguais”. *Tautologia: Ex. pergunta: o que é memória? resposta: é uma rede de memória...
“Time out” (pausa): alguns autores utilizam esse conceito como sendo um exemplo de extinção, e outros como de punição negativa.
*”Tracking” (trilha): maior relação com o comportamento do falante “tato”, e com a obtenção de reforçadores naturais (maior benefício ouvinte).
*Transitividade: desempenho emergente (sem treino direto) que pode ser observado em procedimentos de match-to-sample (uma das três propriedades necessárias para poder se observar uma relação de equivalência entre estímulos).
*Treino: de forma geral, pode-se observar que quanto maior o número de repetições, mais fortalecida a relação. *Variável dependente: 1) no caso da análise do comportamento é o comportamento 2) eixo Y, ordenada.
*Variável experimental: termo substituto para variável independente (o nome do último já pressupõe relação antes da investigação).
*Variável independente: 1) no caso da análise do comportamento é o que controla o comportamento / respondente = estímulo antecedente / operante = conseqüências; 2) eixo X, abscissa.
*Variável sob observação: termo substituto para variável dependente (o nome do último já pressupõe relação antes da investigação).
*Vernáculo: Ex. força de vontade, Deus, etc.
Original: VOCABULÁRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
Autoria: Ronaldo Rodrigues Teixeira Júnior / Co-autoria: Maria Aparecida Oliveira de Souza e Marcela França Dias
Orientação: Sérgio Dias Cirino/Pesquisador colaborador André Luiz Freitas Dias Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Federal do Pará